Green washing, no português, “lavagem verde”, é um termo utilizado para explicar a prática de empresas ou instituições públicas, ou privadas que utilizam imagens, ações, discursos, propagandas e anúncios com caráter ambiental em suas estratégias de marketing, para aumentar os negócios, mas que geralmente não acontecem na prática. 

Segundo o advogado, escritor e mestre em economia, Edmilson Gama da Silva, um exemplo de green washing é quando uma empresa afirma que possui projetos de reflorestamento para compensar ações de carbono, mas, na verdade, a principal atividade da empresa é altamente poluente. 

Outros exemplos, segundo Edmilson Gama da Silva, acontecem quando uma marca lança uma linha de produtos ecológicos, mas os demais continuam sendo prejudiciais ao meio ambiente, inclusive peças de roupas extraídas de meios naturais ou animais. 

Edmilson Gama da Silva explica que, infelizmente, a falta de credibilidade de algumas empresas afetam as ações de financiamento para projetos verdes, já que a empresa fica com a imagem comprometida pela falta de transparência, o que pode dificultar a identificação de iniciativas verdadeiramente sustentáveis. 

Outro ponto destacado por Edmilson Gama da Silva é a falta de normas objetivas e regulamentadas sobre o que é um projeto sustentável, o que, segundo ele, devido à falta de informação, pode facilitar as práticas enganosas. 

Além disso, Edmilson Gama da Silva diz que a ausência de incentivo também é um agravante. Há algumas regiões nas quais os regulamentos fiscais e as políticas de iniciativas verdes não são suficientes, o que faz com que o financiamento para projetos desta área seja menos atrativo para as instituições.  Para solucionar este problema, o advogado diz que é preciso educar o mercado sobre a importância de realizar este tipo de investimento, de forma clara e objetiva, eliminando o green washing. 

Devido a estes pontos, Edmilson Gama da Silva afirma que o conceito é um desafio para aprimorar as práticas sustentáveis. Sendo assim, o economista indica que, para serem viabilizadas, é preciso aplicá-las com transparência, ética, de forma regulamentada e responsável.