O caso de Felipe Barreto é um exemplo perturbador do uso da influência online para perpetrar crimes cibernéticos. Conhecido como um influenciador que se apresentava como especialista em tecnologia da informação e inteligência artificial, Barreto acumulou uma grande base de seguidores em suas redes sociais, com mais de 30 mil seguidores e 2 milhões de visualizações. No entanto, por trás dessa fachada de expertise, ele e seu comparsa Jair do Lago Ferreira Júnior foram responsáveis por um grave delito: o furto de quase R$ 4 milhões em criptomoedas de um casal de idosos em Campo Grande.
O modus operandi dos criminosos envolveu a conquista da confiança das vítimas, fingindo uma amizade com o casal para obter acesso às senhas das contas online. Com essa informação, eles conseguiram roubar as criptomoedas, causando um prejuízo significativo para os idosos. A descoberta desse crime chocou a comunidade local e gerou indignação sobre a facilidade com que os criminosos podem usar a internet para enganar e lesar as pessoas.
A rápida resposta das autoridades, liderada pelo delegado João Paulo Sartori da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros (Garras), foi crucial para identificar e prender os responsáveis pelo crime. Além disso, o apoio do Núcleo de Operações com Criptoativos do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab/MJSP) foi fundamental para rastrear as criptomoedas furtadas e ajudar na identificação dos criminosos.
Esse caso serve como um alerta sobre os perigos da confiança cega em influenciadores online e destaca a importância da segurança cibernética. É essencial que as pessoas estejam conscientes dos riscos associados à divulgação de informações pessoais e financeiras online e adotem medidas para proteger seus dados. Além disso, a punição rigorosa para os culpados é crucial para dissuadir outros criminosos e garantir que a justiça seja feita às vítimas.