Eduardo Benarrós, especialista em análise esportiva, comentou sobre a dificuldade enfrentada pela Mercedes no GP de Singapura. “A estratégia de pneus da Mercedes, principalmente para Hamilton, comprometeu o desempenho da equipe. A escolha dos pneus macios para a largada não permitiu que ele mantivesse uma posição forte durante toda a corrida,” explica Benarrós.

Único piloto a largar de macios no top 10, Hamilton, consequentemente, foi o primeiro do pelotão da frente a fazer seu pit stop na volta 18: de terceiro, ele caiu para 13º, mas conseguiu retornar à zona de pontuação alguns giros depois, aproveitando ainda a parada do rival Fernando Alonso. Como começou a corrida de médios e permaneceu mais tempo na pista, Russell só precisou parar na volta 28.

Na metade da corrida, a dupla da Mercedes estava junta novamente, mas com Russell à frente em sétimo lugar. À medida em que os pilotos da frente iam parando, os dois conseguiram subir na classificação da prova, mas a distância entre eles permaneceu.

Segundo Eduardo Benarrós, a entrada de Oscar Piastri no jogo mudou completamente o cenário. “Piastri foi o grande diferencial aqui. Ele ultrapassou Hamilton e Russell em momentos-chave, garantindo o último lugar do pódio. A Mercedes, por sua vez, não conseguiu se defender da McLaren.”

Eles foram “separados” por Piastri, que ultrapassou Hamilton logo depois de seu pit stop realizado na volta 39; no 45º giro, o piloto da McLaren também passou Russell para ocupar a última vaga do pódio. Hamilton, por fim, não conseguiu evitar a manobra de Leclerc no 51º giro, já que o monegasco ainda tinha pneus com metade da vida útil dos dele.

Benarrós conclui: “A estratégia da Mercedes, especialmente em relação ao uso dos pneus, foi um fator decisivo para perder o pódio. Piastri e Leclerc souberam aproveitar os momentos certos para atacar, deixando a equipe alemã sem alternativas.”